Antes
da chegada dos portugueses ao continente americano, a porção central do Brasil
era ocupada por indígenas do tronco linguístico macro-jê,
como os acroás,
os xacriabás,
os xavantes,
os caiapós,
os javaés etc.
Paracatu,
desde 1586, já era conhecida por europeus pela primeira bandeira
percorrida pela cidade: a bandeira de Domingos Luis Grau. Posteriormente,
sucessivas outras bandeiras passaram pela região, como as de Antônio Macedo
(1590), Domingos Rodrigues (1596), Domingos Fernandes (1599) e Nicolau Barreto
(1602-1604). Entretanto o povoado surgi efetivamente com a chegada das
bandeiras de Felisberto Caldera Brant e de José Rodrigues Frois com a
descoberta das abundantes jazidas de ouro, apesar de um certo tipo de
povoamento, com o ciclo do couro, ter se iniciado anteriormente. Assim surgiu o
Arraial de São Luiz e Sant'ana das Minas do Paracatu.
O
título de Vila do Paracatu do Príncipe foi dado por alvará-régio de dona Maria,
rainha de Portugal, em 20 de outubro de 1798, atendendo a consulta do Conselho
Ultramarino. Pertencia à Comarca do Rio das Velhas, com sede em Sabará e passou
a denominar-se Vila do Paracatu do Príncipe. No mesmo alvará, foi criado, na
vila, o lugar de juiz de fora, civil, crime e órfãos "com os ordenados e
emolumentos que vence o juiz de fora de Mariana."
Por
carta-régia de 4 de março de 1799, "Sua Majestade foi servida a fazer
Mercê ao Bacharel José Gregório de Moraes Navarro do lugar de Juiz de
Fora" da villa de Paracatu, tomando este posse em 14 de dezembro de 1799.
A primeira Câmara Municipal foi empossada em 18 de dezembro de 1799 e, dela,
faziam parte os vereadores sargento-mor Manuel José de Oliveira Guimarães,
Francisco Dias Duarte, o capitão José da Silva Paranhos e o procurador da
Câmara Luís José de Carvalho.
Em
1840 Paracatu é elevada à cidade e se torna a cabeça da Comarca de Paracatu
(capital) , que incluia em seu território cidades tais hoje como Uberlândia, no
Triângulo Mineiro, e cidades ao norte de Minas.
Segundo
a Revista do Arquivo Público Mineiro, no ano de 1800, a vila possuía ao todo 17
450 habitantes. Destes, 1 935 eram brancos, 6 335 mulatos livres e 3 637 eram
negros livres. Haviam ainda cativos, 327 mulatos e 5 216 negros.
Paracatu
é a única cidade histórica do noroeste mineiro. Tem em torno de seu território
cinco quilombos,
os quais ainda preservam sua cultura, considerados uns dos mais ricos do estado
de Minas Gerais.
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